segunda-feira, outubro 09, 2006

Debate ou embate?

Nenhum programa de governo. Apenas ataques mútuos. Um picolé de chuchu e um Apedeuta. Não chamo isso de debate. Espero que o máximo de eleitores tenha visto a baixaria de ontem e que consigamos escolher o menos pior. Chega de escrever. A imagem ao lado diz mais. Se você não viu e quer passar um pouco de raiva clique aqui .

20 Comments:

Anonymous Anônimo said...

LASTIMÁVEL!Essa é a única palavra sobre aquilo que não foi um debate e sim um ring onde os dois candida-tos se defrotaram um querendo agre-dir ao outro.Não sei onde o Brasil irá parar com essa merda de Lula.
Mais também não sei o que será se o Geraldo sobrenome estranho for eleito.Por isso que eu defenderia Darth Vader.Mais depois do que eu tenho visto no Brasil,nem Chuck Norris salva!Bom pelo menos o nosso Clube Atlético Mineiro está nos dando alguma alegria como mais uma vitória sofrida!Por quê você não faz um post depois sobre o Galo 2005 e 2006.EU tenho até uns textos aqui.Um abraço e boa semana!

09 outubro, 2006  
Blogger Marco Aurélio said...

Arthur

Estou esperando seus textos sobre nosso Clube Atlético Mineiro aqui.Pelo menos nosso time está nos dando alguma alegria. Que vitória sofrida hein!? Acho que Darth Vader pode nos ajudar!!

Um abraço e boa semana "pro cê tamém"

09 outubro, 2006  
Blogger Dalton said...

Está cada vez mais dificil votar. Mas temos de fazer escolhas com o nariz tapado as vezes. É uma destas que farei este ano

09 outubro, 2006  
Blogger Da C.I.A. said...

Eu não sei se um debate eleitoral serve propriamente para que sejam feitas "propostas". Quem é o público de um debate televisivo? Os acadêmicos, os mais bem instruídos? Ora, estes já têm seus votos decididos e muito bem fundamentados. Então o público a ser conquistado é o dos indecisos e os menos instruídos.
Acho que este tipo de encontro deve servir para expor o pior e melhor dos candidatos. Lula mostrou muito bem seu pior: erra números, não tem idéias próprias, não suporta críticas. Geraldo continuou a perder o foco e citar muitos temas simultaneamente.
Foi inquestionável a superioridade de Geraldo em lidar com temas polêmicos e se defender com números. Já Lula, como sempre, maltratou a língua.
Cada vez mais Lula dá motivos para que seus eleitores se envergonhem do voto nele.

09 outubro, 2006  
Blogger Cecília França said...

Realmente saímos todos sem saber propostas, mas com uma certeza: Lula não tinha programa de governo no primeiro mandato e quer iniciar o segundo ainda sem tê-lo. O debate deu lugar às ofensas pessoais. Infelizmente.
Um abraço,
Cecília.

09 outubro, 2006  
Blogger CAntonio said...

Caro Marco Aurélio,

Concordo com você em parte. Como discutir com Lulla qualquer projeto esquecendo tôda a sujeira perpetrada por elle e seu (dele) partido?

Esquecer tudo, empurrar para debaixo do tapete e ficar falando sobre "planos"?

Planos o Lulla os tinha aos montes, não cumpriu um só; então a hora é pelo menos ouvir as explicações (não dadas ontem) sobre mensalão, dólar na cueca, em caixas de bebida, em hotel etc..

Metas de governo os dois partidos já publicaram. O pt sabemos todos, tem como princípio a perpetuação no poder fundando a sua Republiqueta Sindicalista com aliados de peso como MOrales, Chávez e Fidel ou vamos esquecer do Fôro de São Paulo?

Ainda falta muito para bater em Lulla e seu partido. Acredito que elle tentará mudar as regras dos próximos debates, sem o que elle vai apanhar muito, mas muito mesmo.

SDS

09 outubro, 2006  
Blogger Jacque Muniz said...

Já me acostumei com esses debates...
O pior é q ninguem responde nada, é só dissertações e agressões. Nenhuma proposta. Nada.

Bjs ^^

09 outubro, 2006  
Blogger C.J. said...

Concordo com o 'cantonio'. O debate de propostas é quase imanente com o próximo modo de governabilidade. Como debater propostas sem debater a ética e os escândalos do governo atual?
Vá lá que o tucano precisa superar as pesquisas, mas então, nisso, ele se saiu melhor.
Lula fugiu das questões capitais para ser possível, então, um debates de propostas.
Enfim.. resta agora ver como seguirá a campanha e o tom do próximo debate.

Mas boa questão essa Marco..
valeu

09 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

A última postagem do Distant Daily pode te interessar.

09 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Depois que a Mércia me ensinou a deixar links nos comments estou impossível!!! ;-)

09 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Marco Aurélio!! Blz?
Aquele debate de ontem foi uma tremenda baixariaa.. e muita mentira no ar como podemos observar! Fazia uma pergunta para o LULA ele pulava a pergunta e nao respondia!
Um so jogando na cara do outro as roubalheiras....
Nao gostei nao! Acho q ninguem gostou!
E os AERO LULAAA srsrsrsr
flw
abraço

09 outubro, 2006  
Blogger WAPTE said...

Vamos pretar a atenção. Os dois candidatos são horrorosos. Bem, eles são o espelho do Brasil. Uma direita hipócrita e uma esquerda corrupta e mentirosa. Tudo o que eles falam é mentira. Uma coisa é certa, eu não consigo conviver com a roubalheira real. O Lulla está nos roubando durante o dia. Se o Alkmin nos roubar, é na calada da noite.(como fez FHC). Eu não acredito no Alkmin porque ele é do partido do FHC, amigo do FHC, amigo do Aécio, amigo do Eduardo Azeredo, etc, etc,etc. Mas o Lulla, é amigo e não abre mão do Dirceu, do palocci, do Gushiken, do Silvio Pereira, do Delúbio Soares, do Okamoto etc. etc. etc. Entretanto, uma coisa é certa para quem prestou atenção no debate. O Alkmin disse que não iria cortar gastos na previdência. Eu não acredito nisto, mas pelo menos disse que cortaria gastos na ineficiência, 36 ministérios dos Companheiros, licitações eletrônicas, CORRUPÇÃO e que venderia o Aero Lulla para construir quatro hospitais. Respondeu também muito bem sobre o que faria para punir malfeitores. Digo de novo, não acredito porque seria muito bom para ser verdade. Mas pelo menos apresentou algumas propostas interessantes, embora no meu modo de ver mentirosas. O fato é que na minha opinião o debate foi bom. Mostrou que o presidente é um malfeitor. OU vocês queriam que diante de fatos tão greves de dilapidamento de nosso patrimonio ficassem discutindo ferrovia Norte-Sul. Gente, acordem, estão nos roubando. Não podemos permitir de maneira nenhuma que um cara feito o Lulla seja reeleito. "Se o Lulla é inocente, Fernadinho Beira-mar para Presidente". Chega de empulhação. Chega de Fome-zero, de bolsa famíla de primerio emprego. De aplauso de pé na ONU. Chega de pai dos pobres. Não indico voto para ninguém. Ma, acho que quem vota no Lulla é sem-vergonha, mau caráter e que compactua com corrupção e é portanto corruptível. Bem na pior das hipóteses, burro e ignorante. Só não estão no poder. Acho que vou vomitar.

09 outubro, 2006  
Blogger Juraciara said...

Caro amigo Marco,

Novamente você tratando de questões polêmicas...e como eu adoro uma polêmica, ouso ingressar no "nosso blog-debate":

Certamente "Wapte" é um sujeito esclarecido (em todos os sentidos) e, pela primeira vez, vou concordar integralmente com o que alguém fala aqui no seu Blog. Ponto para você "Wapte"! Quem me dera as pessoas pudessem ver que o "sonho acabou" (e pensar que eu um dia iria falar uma coisa destas...eu que fazia boca de urna por acreditar no sonho petista...)

Votar no Lula é dizer que não estamos nem ligando para a roubalheira que assola o país. É dar um voto de ignorância. Um voto que opta por políticas assistencialistas e vira os olhos para a necessidade de engrandecimento humano. Que não liga para a política(gem) imunda de compra de dossiês...

Eu não amo "Geraldo"(como ele gosta ultimamente de ser chamado), contudo, ele ainda não me mostrou que é corrupto, se o fizer, terei asco, assim como tenho de Lula.

Farei um voto no menos pior, ou pelo menos, naquele que ainda não me mostrou que ética e transparência é algo surreal. Não tenho como votar em alguém que se esquece que a única função do presidente da república é exatamente a de "saber" o que ocorre a sua volta (e no caso do Lula, bem ao seu lado...no gabinete ao lado...na confissão do amigo churrasqueiro...do amigo que paga dívidas...do amigo que compra dossiê...).

Outro dia estava relendo um livro (primeira vez que eu li ainda morava na Itaparica), "A insustentável leveza do ser" e, curiosamente, encontrei uma analogia que é extremamente atual: para falar sobre o comportamento desviante do protagonista, o narrador faz uso do mito de Édipo, afirmando que este, ao tomar conhecimento que havia se casado com sua mãe, ao invés de dizer que "nao sabia" e, portanto, que estava redimido do "pecado", furou seus olhos e saiu de Tebas, eis que "não saber" naquele momento era tão pecaminoso quanto saber...

Fiquei pensando...por qual razão Lula não faz a mesma coisa? Fura o olho e some daqui!

09 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

20h33min - PRIMEIRO BLOCO

A primeira pergunta de Ricardo Boechat, mediador do debate é:

- O senhor concorda em fazer cortes no orçamento, em especial na Previdência, para fazer o Brasil crescer?

Alckmin, partindo para o ataque e mostrando-se grosseiro:
– Eu vou cortar gastos, sim, mas não na Previdência Social. Vou cortar gastos na ineficiência, vou cortar gastos nos comissionados, nos companheiros de partido.

Lula responde à altura e dá o troco:
– A impressão que tenho é que o meu adversário decora alguns chavões para participar de debates. A única coisa que sabem fazer é cortar gastos onde não se deve cortar, no salário dos trabalhadores. Parece-me que o governador não estava no Brasil em 2003. Se estivesse, começaria esse debate me agradecendo.

Alckmin, ainda grosseiro, pergunta a Lula:
- De onde veio o dinheiro sujo para comprar um dossiê fajuto?

Lula, desconfiado de armação tucana no caso do dossiê, responde perguntando:
- Eu quero saber mais: quem foi que arquitetou esse plano maquiavélico? A única ganhadora nesse trambique todo foi a campanha do meu adversário.

Réplica de Alckmin, querendo saber o que ainda está sendo investigado:
- Olhe nos olhos do povo brasileiro e responda de onde veio o dinheiro?

Tréplica de Lula, com postura de estadista e respeito às instituições democráticas:
- Provavelmente o governador tenha saudade da ditadura. Uma investigação séria é demorada.


20:56min - SEGUNDO BLOCO

Lula, entrando no campo das maracutaias tucanas pergunta:
- O senhor sabia ou não sabia das transações de Barjas Negri (ministro da Saúde no governo FHC envolvido com a Máfia dos Sanguessugas)?

Alckmin, fingindo que não é tucano, esquiva-se, tentando se descolar de Serra/FHC, além de esquecer das 69 CPI’s engavetadas no seu governo, diz:
- Não meça as pessoas pela sua régua. Eu não tenho ministro condenado, indiciado pela polícia, assessor meu denunciado pelo Procurador da República. No meu governo não tem absolutamente nada. Se há alguém que não tem moral para falar de ética é o governo Lula.

Réplica de Lula, aproveitando-se da oportunidade do tucano afirmar que nada havia no seu governo:
- 69 CPI's foram engavetadas (Em São Paulo, com Alckmin governador ). A que preço eu não sei. Eu não movi um dedo para impedir CPI's.

Tréplica de Alckmin, com a mesma grosseria do início, mostrando-se não possuir postura de estadista:
- Quanta mentira. Como Lula mudou. As CPI's só saíram porque o Roberto Jefferson contou a verdade para o Brasil.

Lula mostra a diferença entre a corrupção tucana e a efetividade do seu governo no combate à corrupção, perguntando:
- A obrigação de um governante é mandar apurar toda a denúncia que recebe. Foi o que fiz. Quando era governador o senhor ficou sabendo de fatos graves e evitou que fossem apurados. Por que nenhuma das 69 CPI’s foi implantada?

Alckmin, sem argumentos, remete a culpa à Assembléia Paulista, como se ele não estivesse no governo de São Paulo por quase 12 anos:
- Quem escreveu aí esqueceu de dizer que na Assembléia Legislativa de SP, desde 1998, o regimento estabeleceu que é preciso votar em plenário pedido de CPI.

Lula, sobre obras em São Paulo e sobre a política social:
- Eu gostaria de comparar. Provavelmente não colocamos um centavo no Rodoanel. É verdade, mas é verdade também que quem cuida das políticas sociais nos estados somos nós.

Alckmin, tentando passar a falsa beatitude adquirida na Opus Dei:
- A primeira diferença é de caráter. Eu não me omito, não jogo nas costas dos amigos os problemas do governo e pergunta se o senhor não sabia sobre os cinco ministros do governo envolvidos em denúncias de corrupção:

Lula, sobre as privatizações de FHC e cumplicidade do governo de São Paulo com a corrupção:
- O PSDB jogava escândalos para debaixo do tapete para não discutir as privatizações que ninguém sabe para onde foi tanto dinheiro. E que ele cortou na própria carne com a saída dos ministros:

Alckmin, mais uma vez sem argumentos, apela para o suspeito caso do caseiro:
- Violento com o fraco Francenildo Costa, mas fraquinho com os crimes que assolaram o País.

Lula eleva o tom e lembra ao governador que ele é um tucano:
- O governador não lembra onde começou a compra de voto espúria no País, citando a compra de votos para a reeleição de FHC. E pergunta:
- Alguma política para o Bolsa Família, governador?

Alckmin, tentando se descolar de FHC, sempre grosseiro, apela para falácias:
- Como entender que o Brasil, essa potência que é o Brasil, é o último da fila. O Brasil não pode mais ficar perdendo oportunidades. Privatizações é diferente do dólar na cueca, na caixa de uísque. É diferente de todo o tipo de mensalão.

Lula volta a perguntar qual política Alckmin tem para a população pobre e compara as 11 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família com as 170 mil atendidas por programas estaduais em São Paulo.

Alckmin, esquecendo que já chamou o Bolsa Família de esmola, mais uma vez não responde sobre as privatizações e compras de votos do PSDB:
- A mentira política é essa boataria de que vou acabar com o Bolsa Família.

21h13min - Lula pede direito de resposta, mas não é atendido. Reclama que foi chamado de mentiroso.

Alckmin pergunta quanto Lula gastou no Sistema Único de Segurança pública e diz que o governo não sabe escolher gastos.

Lula defende sua política social e define as prioridades dos gastos. Enfático, eleva o tom e responde:
- O governo gasta naquilo que a gente acha que vai melhorar a vida das pessoas. A política de vocês é privatizar, privatizar, privatizar. A nossa é investir no social, no social, no social.

Alckmin reclama de falta de ajuda do governo federal com a Febem:
- O candidato Lula é um bom comentarista, ele fala como se nada tivesse a ver com o menor infrator. São Paulo trabalhou sozinho.

Lula cita rebeliões na Febem, fala sobre a educação em São Paulo e pergunta:
- por que o choque de gestão de Alckmin não funcionou na Febem? A Febem não é tratada com o carinho que merece porque é um sistema prisional para condenar a meninada. Quem cuidou da educação em São Paulo foi o governo federal.

Alckmin critica Lula por não concluir obras em Saúde e indica que o governo federal não investiu o que deveria em saneamento.

Lula rebate críticas a obras inacabadas:
- Eu fiz mais pela ferrovia Norte-Sul do que os últimos presidentes em 15 anos.
- Não queira que eu conserte em quatro anos o que vocês destruíram em quatro séculos.


21:38min - TERCEIRO BLOCO – (O debate fica morno)

Lula pergunta:
- Governador, segurança pública. Quando o governador resolveu anunciar o choque de gestão, teve o apagão e o choque de gestão não aconteceu. O resultado foi o PCC tomando conta de São Paulo.

Alckmin responde:
- O candidato Lula se comporta como comentarista. Ele se omite, se esconde. Fizemos a nossa parte. E o candidato Lula liberou 9% (das verbas) para a Segurança Pública.

Lula replica:
- Você acha que alguém acredita, Alckmin? Você cortou 15% do orçamento da segurança. Há uma contradição nos números que você decorou e a realidade de São Paulo.

Alckmin treplica:
- O candidato Lula não sabe que nós investimos R$ 10 bilhões. Nós trabalhamos, não nos omitimos.

Lula lembra que o vice de Alckmin, José Jorge, foi o ministro de Minas Energia na época do apagão e pergunta:
- qual é a proposta do governador para a geração de energia.

Alckmin:
- O Brasil não tem investimento importante em geração de energia. A minha meta é gerar 16 mil mega watts em quatro anos.

Lula replica:
- O que fica claro aqui é que o Alckmin não estudou bem esse assunto. O nosso governo produziu 13 mil mega watts.

Alckmin treplica e pergunta:
- Em quatro anos não conseguiu licitar as hidrelétricas do Madeira e do Xingu. Esses são projetos de maturação lenta. Nós vamos ter problema sério em 2009 pela inoperância do governo.
- Se Lula acha correto, por exemplo, que metade dos projetos na área de transportes seja considerada irregular?

Lula responde:
- O teu assessor poderia ter dado uma manchete da Folha de S. Paulo para você quando o Padilha disse (quando deixou o cargo de Ministro dos Transportes para se candidatar à Câmara dos Deputados) que as estradas estavam deterioradas. Vocês pensavam pequeno. Pensavam no País exportando apenas para os Estados Unidos

Alckmin replica, reconhecendo que o que Lula disse sobre o governo FHC era fato: - O mundo do candidato Lula é virtual. Ele voa de aerolula. Ele não sabe da realidade. Eu fui ver as estradas brasileiras. É interessante que ele sabe tudo do governo Fernando Henrique Cardoso, mas não saiba nada do seu governo.

Lula treplica:
- Eu compreendo essa necessidade dele falar mal do meu governo. O fato concreto é que o Brasil melhorou. Reconheça, Alckmin. Não vai te custar nada. As pessoas estão vivendo com mais dignidade. Os pobres estão tendo acesso às coisas que eles não tinham. Não faça o papel pequeno do candidato que só fica reclamando.


22h05min - QUARTO BLOCO – (Jornalistas fazem perguntas)

Franklin Martins pergunta a Lula:
- O senhor não acha que como presidente, o senhor deveria saber mais sobre fatos importantes que acontecem à sua volta?

Lula responde:
- Eu quero ser reeleito, porque quando souber (de casos de corrupção), eu punirei. Antes se jogava para debaixo do tapete (no governo FHC). Eu não. A lógica da ética não é saber antes, é punir quando acontece, é investigar, é punir. E isso eu tenho muito orgulho de não ter vacilado um minuto. Eu sou responsável por tudo, mas permita que as pessoas entendam que um pai de família não sabe tudo.

Fernando Vieira de Mello pergunta a Alckmin sobre a redução da maioridade penal:

Alckmin responde:
- Eu sou contra, mas apresentei proposta para reformar o estatuto da criança e do adolescente.

Lula comenta:
- O problema da segurança pública é do presidente, do governador e do prefeito. É um problema que envolve a família. Não há um responsável, há muitos responsáveis.

Alckmin replica, mas não diz coisa com coisa, esquece até da parceria com o PCC:
- Nós vamos aperfeiçoar a legislação. A impunidade estimula o delito. Eu vou vender o aerolula e fazer cinco hospitais.

José Paulo de Andrade pergunta o que Lula fará para reforçar princípios da sociedade e valores morais:
Lula responde, mas antes classifica de sandice o que Alckmin diz sobre o avião da presidência:
- Ou nós começamos a trabalhar no ensino fundamental a cabeça das crianças ou endurecendo a lei.

Alckmin, o beato da Opus Dei, comenta:
- Nós somos bem diferentes. O estado de São Paulo tinha dois aviões e eu vendi os dois, tinha dois helicópteros e eu os doei para a polícia. A senhora, quando compra um pacote de açúcar, paga 40% de imposto, e não é para ser jogado fora. Em relação à corrupção, o exemplo vem de cima. Qual é autoridade moral para ele vir falar com essa lista de corrupção no seu governo?

Lula aumenta o tom de voz e replica:
- Com a autoridade de quem descobriu que 60% dos prefeitos envolvidos com sanguessugas eram do PFL e do PSDB; a autoridade de quem sabe como a sociedade reage quando as denúncias não são apuradas.

Joelmir Betting pergunta a Alckmin onde cortar gastos e quando:
Alckmin responde:
- Hoje o Brasil cresce um terço dos emergentes. O governo do PT é tartaruga. Está parado. Eu vou ter política fiscal séria e não desperdiçar o dinheiro do povo.

Lula comenta:
- De gasto em publicidade o Alckmin conhece. É só investigar a Nossa Caixa. Os gastos que precisam ser cortados já estão sendo cortados. O Brasil vai crescer mais de 5% não por bravata de candidato, mas porque as bases estão colocadas.

Alckmin replica:
- Quem é especialista em bravata é o PT, que vivia dizendo que estava tudo errado e ao chegar ao poder aplicou a mesma receita com dose maior.


22h39min - QUINTO BLOCO – (Perguntas entre os candidatos e considerações finais)

Alckmin, deixando a beatitude e voltando a ser grosseiro, pergunta:
- Você que está em casa e acompanhou esse debate viu que Lula foi irônico, arrogante e desrespeitoso. E não respondeu de onde vinha R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê fajuto. Onde no meu programa está dito que eu vou privatizar Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e Correios?

Lula responde:
- Eu não disse que o governador vai apenas privatizar. Eu disse que pessoas no seu partido já propuseram até a privatização da Petrobrás. Mas vocês já privatizaram tudo. Este país não pode permitir que o ministro da Fazenda viaje o mundo inteiro para procurar dinheiro para cobrir os seus gastos.

Alckmin replica, esquecendo-se que o PSDB já havia privatizado quase tudo:
- Não minta, Lula. Não foram o PFL e o PSDB que disseram alguma coisa de privatização. Foi você que falou. Eu não vou privatizar, porque não há necessidade.

Lula em tréplica:
- Ele não pode ficar nervoso, bravo e dizer mentira. Foi o PSDB e o PFL que privatizaram o País. Quando não tiver mais o que vender, vai fazer o quê? Vender a Amazônia? Não precisa ficar nervoso. Eu te conheço e não faz o teu gênero.

Considerações finais de Lula:
- Quando resolvi ser candidato à reeleição, é porque estou convencido de que podemos fazer muito mais e muito melhor pelo Brasil. As coisas estão arranjadas. Os alicerces estão prontos, as paredes estão levantadas. Falta agora levantar apenas o madeiramento e o telhado. Nós sabemos da necessidade de gerar emprego. E para ter emprego de qualidade, é preciso que a gente tenha uma educação de melhor qualidade. Ao invés das críticas que alguns fazem, estamos investindo em universidade e em escolas técnicas. Assim o Brasil vai deixar de ser um exportador, ora um pouco de commodities, ora um pouco de produtos manufaturados, e vai junto com isso exportar inteligência e conhecimento para ser tornar uma grande Nação. Até o próximo debate.

Considerações finais de Alckmin:
- Eu participei de todos os debates. Não fugi de nenhum debate. O PT já teve a sua chance e deixou passar. Cresceu menos de 3%, cresceu a metade do que os países emergentes. O primeiro compromisso é com o crescimento. O segundo, com os serviços, a Educação. Sou médico. Passei a vida minimizando o sofrimento das pessoas. Serei firme na segurança pública. Peço seu apoio, seu voto de confiança.

09 outubro, 2006  
Blogger WAPTE said...

O comentarista ai acima para dar um toque de credibilidade em sua posição apaixonada pelo Lulla, fez uma transcrição "fajuta" ,isto é, adulterada do debate. Não diz que o Lulla falou em 70 famílias ao invés de 170 mil e foi corrigido, não fala que o Alkmin afirmou que o PSDB não tem quatro séculos, e outras coisas mais. Não somos Analfabetos funcionais como o presidente de você. Não tente nos enganar como o Lulla fez com o video no qual roubou a cena de outrém e dizer que foi aplaudido de pé na ONU. Dispensamos a sua transcrição. Aliás dispensamos qualquer uma porque não somos eleitores do Lulla. Assistimos TV criticamente e lemos jornais. Os eleitores do Lulla só usam o jornal para limpar a bunda. Esse é um blog do qual participam pessoas inteligentes, cultas, bem informadas e sobretudo honestas. Não temos o costume das práticas petistas de adulterar a verdade qual Goebbels recomendava. "Repitam as mentiras à exaustão porque eslas se tornarão verdade". Diga que existe o fome zero, o choque de julho, o primeiro emprego, a auto-suficiência em petróleo, que o sistema de saúde brasileiro está quase perfeito, etc, etc, etc...
Vou vomitar de novo.

10 outubro, 2006  
Blogger Renato Ferreira said...

Marco Aurélio
Hoje, os petistias fazem uma crítica injusta à imprensa, afirmando que ela é elitista, golpista e quer tirar um torneiro mecânico, nordestino, da Presidência.
Isso não corresponde aos fatos históricos. O PT nasceu e cresceu graças ao grande apoio que sempre recebeu das redações. Eu mesmo, ainda em 1989, escrevi um artigo defendendo o Lula e suas idéias, contrapondo ao um artigo antilula, escrito por um ex-comandante da Varig.
Quase perdi o emprego no Jornal de Piracicaba, onde trabalhava na época. Votei no Lula naquele ano. Repeti essa besteira em 2002 e, nem preciso dizer do meu arrependimento.
A imprensa, portanto, na minha opinião, reflete os fatos, as circunstâncias e registra a história, se hoje, fala mal do petismo e do lulismo é porque os escândalos, as falcatruas, a corrupção e as maracutaias - como diria o Lula - são hoje parte integrante de nossas instituições. Será que os petistas esperavam que jornalistas sérios continuassem acreditando e avalizando tudo isso? É muita igenuidade e despreparo dessa turma que tomou o poder no Brasil.

10 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

"(...) quem vota no Lulla é sem-vergonha, mau caráter e que compactua com corrupção e é portanto corruptível. Bem na pior das hipóteses, burro e ignorante."

"Os eleitores do Lulla só usam o jornal para limpar a bunda."

"Esse é um blog do qual participam pessoas inteligentes, cultas, bem informadas e sobretudo honestas."

Será?

Alguém que se refere aos outros que discordam dele com termos tão "carinhosos" pode ser considerado uma pessoa 'inteligente, culta, bem informada e honesta?'.

Talvez seja, mas com certeza é desrespeitoso e deselegante.

Abraços do Anônimo.

10 outubro, 2006  
Blogger Juraciara said...

Querido amigo "Anônimo",

O pluralismo e a tolerância nos dizem que devemos respeitar as posições assumidas pelo "outro", contudo, ainda que eu seja favorável a tal tese, há momentos que o agir desta maneira é muito complicado.

Filosoficamente é de muito bom tom que assim nos portemos, entretanto, somos feitos também de paixões e as vezes elas acabam assumindo uma posição anterior a da tolerância...

Principalmente quando os fatos são falseados no intuito de criar um discurso coerente e lógico (coisa que o PT infelizmente não sabe fazer - o discurso coerente e lógico, claro).

Pode até ser que Wapte tenha se excedido em seus ataques, mas tem horas que realmente dá muita raiva que as pessoas vivam tentando nos enganar...o tempo todo, a qualquer custo e sem nenhum escrúpulo, e o pior...ver que infelizmente ainda há pessoas que acreditam nisto e compactuam com o modo mais vil de se fazer política: com o uso da mentira e da distorção dos fatos!

Depois de tudo dito, volto a concordar com Wapte!

E tendo em vista que a Constituição Brasileira veda qualquer opinião feita no anonimato ("É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"- art. 5, inciso IV), peço gentilmente para que se identifique...

Um grande abraço!

10 outubro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

obrigado pela visita.
devo registrar minha preocupação com os custos de uma operação de teletransporte.

em tempo: sendo a farinha do mesmo saco, qq problema que venha a ocorrer na "teletransportagem" não será perceptível a olho nú (mão de um no braço de outro, coisas assim, ainda, infelizmente, comuns no teletransporte)

um abraço

12 outubro, 2006  
Blogger Raskólhnikov said...

Que esse tipo de debate é estória de todos os dias, isto todos sabemos. O foda é ficar escolhendo o menos mediano...

abraços

12 outubro, 2006  

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