sexta-feira, março 31, 2006

Transtorno do Estresse Pós-Traumático

Lendo o último post da Carmen (http://resquiciosdodia.blogspot.com) sobre a moratória psicossocial me deu vontade de escrever sobre o Transtorno do Estresse Pós-Traumático(TEPT) que conheci bem de perto. O TEPT só foi realmente levado a sério depois da década de 80 com os casos dos veteranos da guerra do Vietnã apesar de já ser conhecido desde a primeira guerra. Uma cena clássica do cinema que mostra o transtorno pode ser vista no filme Laranja Mecânica de Stanley Kubrick. Um professor que tem a casa invadida por uma gangue e vê a mulher violentada e morta, revive depois numa cadeira de rodas as lembranças do horror vivido quando um membro da gangue retorna à sua casa. Não é raro este transtorno. As motivações mais freqüentes são assaltos, acidentes, abusos sexuais e morte de entes queridos. As pessoas que vivem eventos traumáticos ficam escravas de lembranças recorrentes e persistentes como se tudo voltasse a acontecer. Alguns chegam a entrar em delírios, transes e até mesmo pânico total. Já presenciei isto uma vez. Não fico muito a vontade para me estender mais, mas sei que uma pessoa altamente capacitada, fará isso por mim. Ela sabe de quem estou falando. Se você já passou por algum tipo de situação que gerou um TEPT precisa desenvolver estratégias para lidar e reduzir as lembranças e quem sabe se libertar. Falar sobre o ocorrido é um grande passo. Procure alguém de confiança e tente. Boa sorte

9 Comments:

Blogger Marco Aurélio said...

Não se preocupe. Dê essas explicações lá e vamos ver no que vai dar.

31 março, 2006  
Blogger Carmen said...

Oi, Marco!

Muito me apraz esta fase "psi" de nossos blogs (será por quê?!? :D)! O meu próximo ensaio lá será sobre o egoísmo. O Erlon (do Penseirante, www.penseirante.blogspot.com) me fez uma pergunta hoje quando conversávamos via MSN, que me instigou ao tema. Espero ter tempo.

Beijo.

31 março, 2006  
Anonymous Anônimo said...

ola,marco aurelio.e muito dificil mesmo o 'tept',principalmente eu que tive minha mae violentada pelo meu ex-padrasto há 5 anos atras.e nao foi nem uma ou duas vezes nao, na pior ele a levou para o pronto socorro e ate hoje ela sofre fisicamente e psicologicamente.e imagina eu que presenciei,qualquer coisinha eu me lembro disso,ele me agrediu tambem,mas nesse dia a policia o abortou.mas no dia seguinte ele ja estava solto para começar novamente.mas ela tambem nao era santa,mais com os erros e brigas dela, eu na epoca sofri bastante,e passei por muita humilhaçao.eu sei que tem coisa pior,mais isto,mas aquelas cenas eu vou lembrar ate a minha morte.casos como este afetam muito a mentalidade dos jovens hoje em dia.graças a deus e aos meus amigos(as),eu conseguir superar.nao tanto,mas hoje em relaçao ao todo,eu sei que "nem tudo esta perdido".entre aspas este pensamento eu tenho graças a voce,marco aurelio,muito obrigado pela sua atençao e compreençao.e se eu falei de mais,leve pelo lado positivo,um abraço e ate amanha!!!!!!!!!!!........

31 março, 2006  
Blogger Arthur Petrillo said...

Legal a explicação... Psicólogos arrumam nomes e sobrenomes prum tantão de coisa, não é mesmo?

Só uma errata aqui: Se eu não me engano, a mulher não morreu durante o ato de violência no Laranja Mecânica... Ela morreu do trauma uma semana depois... A explicação aparece na hora em que ele serve rangos e vinho para Alex DeLarge. FILMASSO!!!!

Abraços...

(Dá uma passadinha na minha casa virtual... hehehe... O Alex Manzi me fez entrar nesse mundo, e nele só tenho Aléquis como conhecido... Estou sofrendo psicologicamente com esse "isolamento" virtual.. E comenta, se puder!!!! risos...)

31 março, 2006  
Blogger Marco Aurélio said...

Carmen

Nós conhecemos bem aquela pessoa capacitada de quem falei. Os leitores do Boatemática estão esperando.

Douglas

Você é sem sombra de dúvidas o meu melhor aluno do Pedro II. Cada dia te admiro mais.Espero que isso não gere ciúmes nos outros alunos e sim inspiração para que também sejam esforçados e sem vaidades como você.

Arthur

Você tem razão. No Laranja Mecânica a mulher morre depois.Obrigado pela correção.

Um Abração para vocês.

Marco Aurélio

01 abril, 2006  
Blogger Alex Manzi said...

Engraçado, pois vi o Laranja justamente "a mando" da minha professora de Psicologia. Um grande filme com uma bela fotografia.

Há muito tempo vi o filme e não me lembro de detalhes. Revê-lo-ei em breve. Viva Beethoven!

Ósculos de cor laranja, ósculos mecânicos.

01 abril, 2006  
Blogger Marco Aurélio said...

Alex

O líder da gangue interpretado por Malcolm McDowell também se chamava
Alex e como eu era Doidão por Beethoven. Ainda bem que no final se recupera. Assisti o laranja por acaso na tv aberta ontem.Quanta coincidência.

Valeu cara

02 abril, 2006  
Blogger Neo Ferreira said...

E aí, meu drugue, tudo horrorshow?

Muito bom você citas males da mente em seu blog, principalmente com uma referência como "A Laranja Mecânica". A adaptação de Stanley Kubrick é ótima, mas o livro é uma viagem ainda maior. Se estiver afim de ler o livro me procure (hehe). Quanto a alguma experiência do tipo, não tenho nada a declarar.

03 abril, 2006  
Blogger Marlene Koch said...

ok.. vou falar do meu TEPT. Tenho pânico de dentista. Estou lutando com um dente que não quero extrair. E nessa daí vale tudo.. desde amoxilina até anapyon pelo nariz para tentar eliminar o mal pelas vias não importa qual seja. Os outros eventos traumatizantes, acho que vi de muitos casos em filmes do HALMARK que conta muito sobre dramas da vida real. Se assimilarmos as experiências de outras pessoas.. elas podem vir a ser nossas também. or not?

22 abril, 2006  

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